Olá a todos,
No mês de Agosto tive consulta com a Senologista. Como estava tudo bem ela só me quer voltar a ver lá para Janeiro (para depois me mandar fazer uma ressonância mamaria... é certinho que da próxima vez não me safo de a fazer).
Depois voei para Londres. Nunca eu adivinharia no inicio deste blog que estaria à procura de trabalho em Londres 3 anos depois, aliás quando a história toda começou trabalhava há anos numa empresa e estava bem posicionada. O facto é que a fase da doença revolucionou a minha vida e não podemos voltar atrás e não podemos controlar o futuro. O futuro a Deus pertence, como se diz. E se há coisa que um doente oncológico sabe é que na nossa vida não há controlo de nada, podemos tentar, comemos melhor, tentamos não ter tanto stress, exercitamos o corpo, mas o resultado não está totalmente nas nossas mãos. É andar sempre com fé.
O período veio em Junho e depois desapareceu. Doí-me o mamilo da mama boa, como se tivesse sensível e a única coisa que me descansa para não entrar em paranoia é o facto de ter uma ecografia feita em Julho. Tou em apostar que é o periodo que pode aparecer por aí a qualquer momento e que isto seja uma revolução de hormonas qualquer. Portanto tento simplesmente ignorar, mantendo o fantasma afastado. Muito jogo mental! Muita meditação e pensamento positivo!
A procura de emprego é interessante, já fui a umas entrevistas e existe uma pergunta que tento sempre contornar "Porque é que deixou a empresa onde trabalhava?" ou "O que fez desde que deixou a empresa onde trabalhava?".
A ultima coisa que quero referir numa entrevista é a palavra cancro, muitas vezes associada à morte.
Questão: "Porque é que deixou a empresa onde trabalhava?"
O que eu queria responder: "Depois de 2 anos a combater um cancro da mama estava esgotada física e mentalmente para fazer 4 horas de transportes públicos por dia."
O que eu respondo: "A empresa estava a despedir os trabalhadores" (o que é bastante verdade)
Questão: "O que fez desde que deixou a empresa onde trabalhava?"
O que eu queria responder: "Bem, descansei. Analisei a evolução do meu braço direito (que agora já me permite estar mais tempo ao computador. Fiz mais exames medicos, emagreci e fiz exercício fisico. Basicamente foi tentar novamente reconhecer-me no espelho e tentar ter um equilíbrio entre a Claudia de antigamente e a Claudia de agora. Fiz voluntariado na Biblioteca municipal e publiquei um livro para crianças. Tentei arranjar emprego em Portugal, mas como Portugal está em crise decidi tentar Londres.
O que eu respondo: "Fiz voluntariado na Biblioteca municipal e publiquei um livro para crianças. Tentei arranjar emprego em Portugal, mas como Portugal está em crise decidi tentar Londres."
Não há-de ser o facto de ter passado pelo que passei que me há-de definir. Ou pelo menos tento que assim não o seja.
O pessoal pergunta-me: "como vais limpar o cateter em Londres?" - Não faço a mínima ideia.... vou preocupar-me com isso mais tarde, tenho até ao final de Outubro para encontrar uma solução. Acho que depois de arranjar casa fixo procuro o centro de saúde mais próximo para me inscrever.
"como vais à oncologista?" - Não sei. Tenho oncologista marcada para dia 23 de Dezembro. Talvez consiga ir a Portugal no Natal... a ver vamos. Uma coisa de casa vez. Também tenho de fazer a ecografia vaginal por essa altura... :/
No mês de Agosto tive consulta com a Senologista. Como estava tudo bem ela só me quer voltar a ver lá para Janeiro (para depois me mandar fazer uma ressonância mamaria... é certinho que da próxima vez não me safo de a fazer).
Depois voei para Londres. Nunca eu adivinharia no inicio deste blog que estaria à procura de trabalho em Londres 3 anos depois, aliás quando a história toda começou trabalhava há anos numa empresa e estava bem posicionada. O facto é que a fase da doença revolucionou a minha vida e não podemos voltar atrás e não podemos controlar o futuro. O futuro a Deus pertence, como se diz. E se há coisa que um doente oncológico sabe é que na nossa vida não há controlo de nada, podemos tentar, comemos melhor, tentamos não ter tanto stress, exercitamos o corpo, mas o resultado não está totalmente nas nossas mãos. É andar sempre com fé.
O período veio em Junho e depois desapareceu. Doí-me o mamilo da mama boa, como se tivesse sensível e a única coisa que me descansa para não entrar em paranoia é o facto de ter uma ecografia feita em Julho. Tou em apostar que é o periodo que pode aparecer por aí a qualquer momento e que isto seja uma revolução de hormonas qualquer. Portanto tento simplesmente ignorar, mantendo o fantasma afastado. Muito jogo mental! Muita meditação e pensamento positivo!
A procura de emprego é interessante, já fui a umas entrevistas e existe uma pergunta que tento sempre contornar "Porque é que deixou a empresa onde trabalhava?" ou "O que fez desde que deixou a empresa onde trabalhava?".
A ultima coisa que quero referir numa entrevista é a palavra cancro, muitas vezes associada à morte.
Questão: "Porque é que deixou a empresa onde trabalhava?"
O que eu queria responder: "Depois de 2 anos a combater um cancro da mama estava esgotada física e mentalmente para fazer 4 horas de transportes públicos por dia."
O que eu respondo: "A empresa estava a despedir os trabalhadores" (o que é bastante verdade)
Questão: "O que fez desde que deixou a empresa onde trabalhava?"
O que eu queria responder: "Bem, descansei. Analisei a evolução do meu braço direito (que agora já me permite estar mais tempo ao computador. Fiz mais exames medicos, emagreci e fiz exercício fisico. Basicamente foi tentar novamente reconhecer-me no espelho e tentar ter um equilíbrio entre a Claudia de antigamente e a Claudia de agora. Fiz voluntariado na Biblioteca municipal e publiquei um livro para crianças. Tentei arranjar emprego em Portugal, mas como Portugal está em crise decidi tentar Londres.
O que eu respondo: "Fiz voluntariado na Biblioteca municipal e publiquei um livro para crianças. Tentei arranjar emprego em Portugal, mas como Portugal está em crise decidi tentar Londres."
Não há-de ser o facto de ter passado pelo que passei que me há-de definir. Ou pelo menos tento que assim não o seja.
O pessoal pergunta-me: "como vais limpar o cateter em Londres?" - Não faço a mínima ideia.... vou preocupar-me com isso mais tarde, tenho até ao final de Outubro para encontrar uma solução. Acho que depois de arranjar casa fixo procuro o centro de saúde mais próximo para me inscrever.
"como vais à oncologista?" - Não sei. Tenho oncologista marcada para dia 23 de Dezembro. Talvez consiga ir a Portugal no Natal... a ver vamos. Uma coisa de casa vez. Também tenho de fazer a ecografia vaginal por essa altura... :/
Para a frente é o caminho... e ter fé de que Deus nos guia os passos.
Beijinhos a todos,
Ps. a ver se coloco as duas entrevistas que tive este ano na TV (uma da TVi - fatima Lopes e a outra da SIC- Júlia Pinheiro) a ver se não me esqueço
Amiga desejo muito que sejad feliz. ♡♥♡♥
ResponderEliminarOlá, Cláudia!
ResponderEliminarComo dizes e muito bem, temos que ter fé em Deus. As coisas vão melhorar e tu és uma grande mulher. Fizeste bem em arriscar fora do país. Não por as coisas estarem complicadas, mas pela mudança em si. A vida é feita de riscos. E,temos que viver o momento e agradecer o facto de cá estarmos. Pensar no futuro é bom, mas perdemos a essência do presente.
Muita força neste nova etapa da tua vida!
Um beijinho e um grande abraço,
Josefa.
Olá,Claudia.
ResponderEliminarAcabei de conhecer o seu blog.
Admirei a sua forca e coragem.
E isso ai,ande pra frente.
Ate pode não ser fácil,mas é possível.
Com a sua determinação você logo,logo,está conquistando os seus sonhos.
Boa sorte.
Parabéns pela vitória. Sabemos bem o que isso significa e como pode ser algo muito similar a um despertar. Tem sido esse o nosso objectivo, despertar para a realidade, por muito violenta que seja. Bem haja e boa sorte.
ResponderEliminarhttp://mocosdaazambuja.blogspot.pt/search/label/saude
Olá o meu nome é Isabel e descobri o seu blog por acaso numa pesquisa na Internet. Comecei a pesquisar porque foi detetado cancro da mama à minha mãe. Depois do choque quis saber mais sobre a doença, de que tantas vezes já ouvi falar... Ao ler o seu blog descobri como tudo irá funcionar, todas as fases, os efeitos secundários.. E muitas coisas que leio conto a minha mãe e ela identifica-se consigo. Desejo-lhe muitas felicidades e tudo de bom na sua vida. É um exemplo como lutadora. Obrigada por partilhar a sua vivência e desta forma ajudar tantas pessoas. A mim e à minha mãe ajudou muito. Obrigada
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